A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta sexta-feira (24), a suspensão definitiva do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, modalidade de crédito destinada exclusivamente aos beneficiários do auxílio.

As contratações da linha de crédito já haviam sido suspendidas temporariamente em janeiro para revisão, mas após análise, o banco decidiu retirar permanentemente o consignado do seu portfólio, conforme comunicado.

“Para os contratos já realizados, nada muda. O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)”, afirmou a Caixa em nota à imprensa.

Apesar do consignado do Auxílio Brasil não ser exclusivo da Caixa, o banco era o principal fornecedor da linha de crédito, responsável por 80% das contratações da modalidade.

O empréstimo foi alvo de diversas críticas de economistas e instituições financeiras, já que a aquisição do crédito acabou prejudicando o poder de compra e de quitação dos débitos dos adquirentes. Por isso, o governo Lula pretende incluir aqueles que ficaram endividados com a linha de crédito no programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil.

Como funciona o empréstimo consignado do Auxílio Brasil

O consignado do Auxílio Brasil começou a valer em outubro do ano passado, limitando o crédito a 40% do valor mensal do benefício, considerando a quantia de R$ 400 e não de R$600. Assim, o máximo era de R$ 160. 

A parcela era descontada direto da fonte, ou seja, durante o prazo contratado, o valor referente ao empréstimo era descontado antes de ser enviado ao beneficiário.

Aqueles que contratassem o crédito teriam limite de juros de 3,5% ao mês, com possibilidade de variação da taxa conforme o banco. A Caixa estava ofertando a modalidade com taxa de 3,45% ao mês, por exemplo.

Outro ponto delicado do consignado era que, se o titular perdesse o direito ao Auxílio Brasil, ou seja, perdendo sua fonte de renda, o empréstimo não era suspenso e o cidadão deveria se organizar para pagar as parcelas todo mês.



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